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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Contemplem as coisas...


Vocês, que são tão inteligentes,
Saberão distinguir, observar,
A imensa diferença que separa
Estes dois verbos: ver e contemplar?
Ver é ação mecânica dos olhos
Focalizando a vista, é enxergar.
Contemplar, entretanto, é ação da alma
Que se esforça por tudo registrar
Quem apenas enxerga, vê por alto
Não empenhado em observar,
Conhece as coisas só pela metade,
Nunca será capaz de analisar...
Quem, ao contrário, se concentra fundo
Na difícil ação de contemplar
Percebe coisas que aos outros escapam,
Aprende tudo o que a vida ensinar.
Se, por exemplo, quando estou na praia,
Dirijo a vista sem me interessar,
Vejo somente uma extensão de areia
Mas se procuro com honestidade
A paisagem marinha penetrar,
Surge de cada lado um novo encanto,
Enxergo coisas de maravilhar!
Vejo o esplendor do sol sobre as montanhas,
Seu trêmulo reflexo sobre o mar,
Vejo a alva espuma na crista das ondas
E o castelo das nuvens se formar!
Vagamente esfumada na neblina,
A suave curva da serra azulada.
E o revoar pausado e majestoso
Dos corvos lá na abóbada anilada...
adiante uma expansão de mar.
E o verde rendilhado das palmeiras,
Onde a brisa murmura seu segredo,
E a branca vela de um barquinho ao longe,
Que parece um barquinho de brinquedo!
Experimentem contemplar as coisas,
Penetrar-lhe o íntimo sentido,
Exercitar a alma e a inteligência
Em perceber-lhes todo o colorido!
Se assim fizerem, isto eu lhes garanto,
Fontes de encanto brotarão da terra!
E então compreenderão mudos de espanto,
Toda a beleza que esta vida encerra!

Ver Vendo

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Curso de extensão


CURSO DE EXTENSÃO
NOVAS FORMAS DE ABORDAGEM DE APRENDIZAGENS

Coordenação: Drª Maria Nestrovsky Folberg

Desenvolvimento
Conteúdo
Ministrantes

Discutir a questão do papel ao qual o professor está sendo evocado
O professor, o educador, o terapeuta: a quem se dirigir?

Karine Pereira – Pedagoga e Mestranda em Educação e Psicanálise /UFRGS

Desenvolver o conhecimento acerca da função paterna e da função materna no processo de aquisição da linguagem escrita na escola

O processo de aprendizagem e a importância da função materna e da função paterna

Márcia Vitorello – Psicóloga, Mestre em Psicologia e Doutoranda em Educação e Psicanálise /UFRGS

Letícia Figueiredo – Pedagoga, Especialista em Psicopedagogia e Proponente da Escola de Estudos Psicanalíticos

Discutir a função social da escola e suas possibilidades na estruturação psíquica do sujeito

A escola como lócus de instalação social do sujeito

Dr. Ernesto Söhnle Jr. – Psicanalista

Drª Rose Maria de Oliveira Paim – Psicanalista, Prof.ª da UFRGS, Integrante do NEPPE/PPG-Edu e Pós-Doutoranda em Educação e Psicanálise /UFRGS
Destacar a importância do desejo para as diferentes aprendizagens
O desejo de aprender e emergência de um sujeito

Dalva Leonhardt – Psicopedagoga

Nilce Cardoso – Professora de Física, Psicopedagoga, Psicanalista e Membro da Escola de Estudos Psicanalíticos

Compreender a questão da resiliência no contexto escolar


Princípio do prazer e princípio da realidade no desenvolvimento infantil

Luciane Pegoraro – Psicóloga e Mestranda em Educação e Psicanálise /UFRGS

Desenvolver a pertinência do verbal e do não-verbal em sala de aula

O corpo na psicomotricidade: linguagem verbal e não-verbal

Celso Luiz Mastrascusa – Prof. de Educação Física, Psicomotricista Relacional, Mestre e Doutorando em Educação e Psicanálise /UFRGS
Conceituar a psicopatologia na aquisição da leitura e da escrita

Psicopatologias na leitura e na escrita

Viviane Silveira – Psicanalista, Psicóloga, Mestre em Psicologia, Doutoranda em Educação e Psicanálise e membro da Escola de Estudos Psicanalíticos

Público alvo: Psicopedagogos, Psicólogos e Professores da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Duração: 42 h/aula
                 Setembro a dezembro de 2011.

Cronograma:
                       10 e 24 de setembro;
                        08 e 22 de outubro;
                        05 e 19 de novembro;
                        03/dezembro

*Os encontros serão quinzenais, aos sábados: manhã, das 8h30 às 11h30, e tarde, das 14h às 17h.

Local: Escola de Estudos Psicanalíticos
             Faculdade de Educação - UFRGS

Inscrições: Escola de Estudos Psicanalíticos
         Rua Miguel Tostes, 949 – sala I – Rio Branco/Porto Alegre

Investimento:
Inscrição nos 7 módulos: R$ 200,00
Inscrição por módulos individuais: R$ 30,00 (cada um)

Referências Bibliográficas:
BALBO, Gabriel; BERGÈS, Jean. Psicose, autismo e falha cognitiva na criança. Porto Alegre: CMC, 2003.
BERGÈS, Jean O jogo de posições da mãe e da criança: ensaio sobre o transitivismo. Porto Alegre: CMC, 2002.
____________; BERGÈS-BOUNES, Marika (Orgs.). O que aprendemos com as crianças que não aprendem. Porto Alegre: CMC, 2008.
BERGÈS-BOUNES, Marika; CALMETTES-JEAN, Sandrine (Orgs.). A cultura dos superdotados? Porto Alegre: CMC, 2010.
CYRULNIK, Boris. Falar de amor à beira do abismo. São Paulo: Martins Fontes.
LACAN, Jacques. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed, 1998.
LAPIERRE, Andre. Da psicomotricidade relacional à análise corporal da relação. Curitiba: Ed. UFPR, 2010. 
MASTRASCUSA, Celso Luiz. O silêncio da criança. Porto Alegre: Letra e vida Editora Suliane, 2011.
PAIM, Rose Maria de Oliveira. Mulher@Desejo: a Procura do Objeto Amoroso. Porto Alegre:Evangraf, 2008.

Curso Formação de Professores

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Para refletir...

A Elegância do Comportamento

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. 

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. 

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. 

É uma elegância desobrigada. 

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. 

Nas pessoas que escutam mais do que falam. 

E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas no boca a boca. 

É possível detectá-las nas pessoas que não usam um tom superior de voz. 

Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. 

É possível detectá-la em pessoas pontuais. 

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está. 

É elegante não ficar espaçoso demais. 

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro. 

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. 

É elegante retribuir carinho e solidariedade. 

Sobrenome, jóias, e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. 

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. 

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. 

Educação enferruja por falta de uso. 

"LEMBRE-SE de que colheremos, infalivelmente aquilo que houvermos semeado. 

Fique alerta quanto ao momento presente. Plante apenas sementes de sinceridade e de amor, para colher amanhã os frutos doces da alegria e da felicidade. Cada um colhe, exatamente, aquilo que plantou."