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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Usando Jogos Boole

O BOOLE


Os alunos devem montar a cena de acordo com a história. 
Os desafios são resolvidos com cartas, que, sendo um material concreto e manipulável, ajudam a organizar as informações e formular hipóteses solucionando os enigmas.
 
O jogo ajuda a criança a:
- Organizar o pensamento, selecionar as prioridades e resolver as questões.
- Estimular a criatividade e a auto-estima na medida em que se vence os desafios.
- Interpretar as questões e enunciados com coerência e entender aquilo que lê.
- Se acostumar a resolução de situações problemas considerando hipóteses. 
- Desenvolver a estruturação de pensamento.

- Vencer as dificuldades que têm na leitura e na compreensão. 


     As histórias, no início, são contadas pelo professor, linha a linha, e os alunos devem montar com as cartas, para chegar à solução. Quando as crianças aprenderam a jogar, podem elaborar cartas e histórias. Para conhecer melhor o Boole, visite o site: http://www.jogosboole.com.br/
  
     Essas cartas e  histórias foram criadas IVANA KAIPER, baseado na palestra promovida na escola e no material que ela adquiriu. Espero que gostem do jogo!!!


cartas:

histórias:
    O professor deverá ler as três afirmações. Os alunos vão montando, enquanto o professor lê. Depois devem responder as perguntas. A solução de cada história está no final, onde diz: "cartas".
  Nessas histórias, não são usadas todas as cartas ao mesmo tempo.

       Para quem não conhece o Boole, pode jogar a versão demonstrativa que tem na internet: http://www.jogosboole.com.br/flash/jogovermelhodemo.swf

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A Arte de Educar - Rubem Alves

A arte de educar


Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu.
O educador diz: “Veja!” – e, ao falar, aponta.
O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. Seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente…
E ficando mais rico interiormente ele pode sentir mais alegria e dar mais alegria – que é a razão pela qual vivemos.
Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da educação – mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à educação do olhar ou à importância do olhar na educação, em qualquer deles.

A primeira tarefa da educação é ensinar a ver…
É através dos olhos que as crianças tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo…
Os olhos têm de ser educados para que nossa alegria aumente.
A educação se divide em duas partes: educação das habilidades e educação das sensibilidades… Sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido.
Os conhecimentos nos dão meios para viver. A sabedoria nos dá razões para viver.
Quero ensinar as crianças. Elas ainda têm olhos encantados. Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os gregos, era o início do pensamento… a capacidade de se assombrar diante do banal.
Para as crianças, tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o vôo dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra. Coisas que os eruditos não vêem.

Na escola eu aprendi complicadas classificações botânicas, taxonomias, nomes latinos – mas esqueci. E nenhum professor jamais chamou a minha atenção para a beleza de uma árvore… ou para o curioso das simetrias das folhas. Parece que naquele tempo as escolas estavam mais preocupadas em fazer com que os alunos decorassem palavras que com a realidade para a qual elas apontam.
As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos.
Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem… O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido.
Quando a gente abre os olhos, abrem-se as janelas do corpo e o mundo aparece refletido dentro da gente.
São as crianças que, sem falar, nos ensinam as razões para viver. Elas não têm saberes a transmitir. No entanto, elas sabem o essencial da vida.
Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir e não se torna como criança jamais será sábio.

Rubem Alves nasceu em 15 de setembro de 1933, em Boa Esperança, Minas Gerais. Mestre em Teologia, Doutor em Filosofia, psicanalista, professor, poeta, cronista do cotidiano, contados de histórias e um dos mais admirados e respeitados intelectuais do Brasil. Ama a simplicidade, a ociosidade criativa, a vida, a beleza e a poesia; ama as coisas que dão alegria, a natureza e a reverência pela vida; ama também os mistérios, bem como a educação como fonte de esperança e transformação; ama todas as pessoas, mas em um carinho muito especial pelos alunos e professores; ama Deus,mas tem sérios problemas com o que as pessoas pensam ou dizem a Seu respeito; ama crianças e filósofos – ambos têm algo em comum: fazer perguntas.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A DIFICULDADE DE AGRADAR A TODOS

Muitas pessoas se comportam da forma que imaginam que agradará a todos. Esta metáfora nos fala da impossibilidade de realizar este objetivo e sobre a necessidade de confiarmos em nosso julgamento interno. 
Em pleno calor do dia um pai andava pelas poeirentas ruas de Keshan junto com seu filho e um jumento. O pai estava sentado no animal, enquanto o filho o conduzia, puxando a montaria com uma corda. 
"Pobre criança!", exclamou um passante, "suas perninhas curtas precisam esforçar-se para não ficar para trás do jumento. Como pode aquele homem ficar ali sentado tão calmamente sobre a montaria, ao ver que o menino está virando um farrapo de tanto correr."
O pai tomou a sério esta observação, desmontou do jumento na esquina seguinte e colocou o rapaz sobre a sela.
Porém não passou muito tempo até que outro passante erguesse a voz para dizer: "Que desgraça! O pequeno fedelho lá vai sentado como um sultão, enquanto seu velho pai corre ao lado."
Esse comentário muito magoou o rapaz, e ele pediu ao pai que montasse também no burro, às suas costas.
"Já se viu coisa como essa?", resmungou uma mulher usando véu. "Tamanha crueldade para com os animais! O lombo do pobre jumento está vergado, e aquele velho que para nada serve e seu filho abancaram-se como seu o animal fosse um divã. Pobre criatura!
"Os dois alvos dessa amarga crítica entreolharam-se e, sem dizer palavra, desmontaram.
Entretanto mal tinham andado alguns passos quando outro estranho fez troça deles ao dizer: "Graças a Deus que eu não sou tão bobo assim! Por que vocês dois conduzem esse jumento se ele não lhes presta serviço algum, se ele nem mesmo serve de montaria para um de vocês?"
O pai colocou um punhado de palha na boca do jumento e pôs a mão sobre o ombro do filho. "Independente do que fazemos", disse, "sempre há alguém que discorda de nossa ação. Acho que nós mesmos precisamos determinar o que é correto"

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Semana Acadêmica IERGS - Palestra - Jogos Pedagógicos

Obrigado a todos que compareceram ontem à minha Palestra sobre "Jogos Pedagógicos" Agradeço especialmente a Viviane Roncato, tutora da Turma de Pedagogia,  que me propos este desafio. Obrigado pelo convite, um abraço a todos!! Amei compartilhar com vocês!!

APELO DE QUEM NÃO APRENDE

Se eu aprendo com o outro
onde está o outro que me ensina?
Onde está que não vejo agora
Porque foi bloqueado pelas coisas que me afetam.
Quem dirige quem?
Quem permite o quê?
O que está interditado?
Sin-toma. Toma sim.
Toma as minhas dificuldades
e transforme-as em possibilidades.
Em aprendizagens: vinculares, de valores, assistemáticas e
sistemáticas.
Provoque o meu desejo,
espantando todos os meus medos
Ouça a minha demanda
e contenha o que precisa ser contido, com limites claros.
Direcione minha atenção
para o que é mais importante
neste mundo aberto 24 horas.
O que tentas me ensinar que ainda não posso aprender?
O que me dás que ainda não posso receber?
Onde aconteceu o desencontro dos desejos?
Em qual dimensão? Racional, relacional ou desiderativa?
Corporalmente eu lhe mostrarei.
Não sou anjo barroco (só cabeça e mãos)
Sou pessoa que quer aprender
Com toda integração do meu SER.
Lu Picelli