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terça-feira, 22 de março de 2011

Falando em Alfabetização


Nos 1º e 2º anos e do Ensino Fundamental encontramos, pais ansiosos que querem ver resultados. Existe uma expectativa no desempenho em cima dos filhos em relação à capacidade de leitura e escrita. Algumas crianças ainda escrevem errado, “comem” letras ou não lêem como os pais acham que eles deveriam estar lendo. O mais importante é os pais terem calma, evitar a comparação do desempenho de seu filho com seus amigos, filhos de vizinhos, etc. Devem entender que existem caminhos bem definidos para serem percorridos pelas crianças no processo de alfabetização.
É normal algumas crianças estarem lendo razoavelmente e não escrevendo corretamente. Primazia ortográfica, aliás, não é objetivo do primeiro ano de alfabetização.
Os pais que tiverem dúvidas devem falar com os professores, pois menos ansiosos poderão ajudar melhor seus filhos.
Algumas vezes somos contraditórios; achamos engraçadinho quando uma criança fala errado, mas quando chega a hora de escrever, queremos que as mesmas já comecem pela escrita ortográfica.

O QUE FAZER?

Respeite o ritmo de seu filho. Cada criança é única.
Evite corrigir. O período de alfabetização não é o melhor momento de corrigir a criança. Coloque a disposição dela muito material escrito. Mostre que ler e escrever é agradável. O papel da escola e da família é criar desafios para que as crianças se desacomodem das fases em que estão e sigam adiante.
Se seu filho ao término do primeiro semestre de alfabetização não está escrevendo corretamente, não se preocupe, porque há um processo de aquisição a ser cumprido: primeiro das escritas, depois das ortográficas.
Crianças com mais acesso à leitura e à escrita, habituadas ao contato com livrinhos, que vêem os pais lendo, tendem a compreender mais rapidamente o processo. As que não têm acesso demorarão mais nas questões de ortografia.


ANTIGAMENTE COMO ACONTECIA A ALFABETIZAÇÃO

Desconhecia-se a capacidade ativa de construir hipóteses da escrita. A escola impunha determinadas informações, estranhas à criança, que ia memorizando até se alfabetizar. Frente ao Vovó viu a uva, a criança decorava. Com esse esforço a compreensão era dificultada e a criança desestimulada.

O EFEITO DISSO:

O aluno só escrevia o que a professora ensinava. De tão “adestrado”, só conseguia construir frases curtinhas, do tipo Vovó viu a uva. Quando precisava escrever a partir de uma reflexão pessoal, apresentava dificuldades, porque não sabia por onde começar. Preocupava-se apenas em escrever sem erros.

HOJE ACONTECE ASSIM:

A escola tenta sistematizar, organizar e conduzir as idéias que os alunos trazem como sujeitos pensantes.
Tentam-se métodos que levem em consideração um aluno ativo. Nessa perspectiva, a criança vai sempre tentar estabelecer relações. Não existe decorar, depois compreender.

O QUE É OBSERVADO ENTÃO

O treino de associação feito dentro da sala de aula continua fora dela, em casa, nos passeios, porque buscar significados é um ato natural. O aprendizado não está segmentado. A compreensão não se dá separada da alfabetização.
Parece simples mas o processo de alfabetização necessita passar por vários estágios que muitas vezes não conseguimos esperar e já nos preocupamos com o fracasso ou sucesso da arte final, que é nossas crianças lendo e escrevendo.

Niléa Monti Schmitt



































   

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